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Foto do escritorAuro de Jesus Rodrigues

Tipos de conhecimentos

Atualizado: 29 de jan.

Tipos de conhecimentos

É através da relação que o homem tem com o mundo, o seu constante questionar e indagar sobre esse mundo, que surge a consciência e o conhecimento da realidade. Se o homem não tivesse a capacidade de buscar conhecer e de compreender, viveria submetido às leis da natureza como os demais animais.


Os animais conhecem as coisas; já o homem, além de conhecer, investiga-lhes as causas. Os animais só conhecem por via sensorial; já o homem conhece e pensa, elabora o material de seus conhecimentos (RUIZ, 1996, p. 90).


Segundo Cervo e Bervian (1996, p. 5), conhecer é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido.


Assim, pode-se dizer que o conhecimento é uma relação entre o sujeito e o objeto. O conhecimento é a necessidade que o homem tem de desvelar o objeto. Esse objeto pode ser um elemento físico, biológico, humano etc.


O conhecimento, como um processo de desvelar o objeto, é a forma de torná-lo inteligível ao homem, para que possa agir sobre ele.


Através do conhecimento, o homem busca a compreensão e explicação da realidade, mas para que possa compreender essa realidade utiliza-se de recursos variados, como por exemplo, métodos e técnicas, que possibilitam a análise dos elementos, desvelar a sua lógica, tornando a realidade inteligível.


Pode-se identificar três elementos importantes e necessários no conhecimento: o sujeito, o objeto e o conceito.


O sujeito, nesse caso, é o ser humano que construiu a faculdade da inteligibilidade. O objeto corresponde ao mundo exterior ao sujeito, que é representado em seu pensamento através da manipulação que executa com ele. Os conceitos não nascem de dentro do sujeito, mais da apropriação adequada que ele faz do exterior (LUCKESI; PASSOS, 1996, p. 16).


Assim, a função do sujeito é desvelar o objeto. A do objeto, em ser apreendido pelo sujeito. Nessa relação o homem elabora o conceito que é a representação e explicação do objeto. Portanto, o que se diz do objeto deverá corresponder ao que de fato se passa no objeto. Todavia, nem sempre isso ocorre, tendo em vista as formas de conhecimento que o homem se utilizar para compreender o objeto.


Ao longo dos séculos, o homem procura conhecer o mundo que o rodeia com seus objetos. A história humana tem sido a história da apropriação da natureza. A história de conhecer e compreender a natureza.


Pela observação o ser humano adquire grande quantidade de conhecimento. Utilizando-se dos seus sentidos, recebe informações do mundo exterior. Olha para o céu e vê formarem-se nuvens cinzentas. Percebe que vai chover e procura abrigo. A observação constitui importante fonte de conhecimento, na história humana. Também, ao nascer, o ser humano depara-se com um conjunto de conhecimento, relativos a crenças que lhe falam acerca da existência de Deus. Para muitos, as crenças religiosas constituem fontes de conhecimento. Há muitos séculos, os filósofos proporcionam importantes elementos para a compreensão do mundo, através de procedimentos racional-especulativos. Todavia, a partir da necessidade de obtenção de conhecimentos mais seguros que os fornecidos por outros meios, desenvolveu-se a ciência, que constitui um dos mais importantes componentes intelectuais do mundo contemporâneo (GIL, 1999, p. 19-20).


Pelo conhecimento o homem se apropria da realidade através de diferentes níveis e possibilidades de acesso a esta realidade. As possibilidades de conhecimento do objeto serão definidas pelo sujeito, levando-se em consideração a complexidade do objeto que se quer conhecer e o nível de aprofundamento que se pretende em relação ao mesmo.

Assim, com relação ao homem, por exemplo, pode-se conhecê-lo ao nível de seu aspecto externo e aparente e dizer uma série de coisas que o senso comum dita ou a experiência cotidiana ensinou; pode-se, também, analisá-lo, investigando experimentalmente as relações existentes entre certos órgãos e suas funções; pode-se, ainda, questioná-lo quanto à sua origem, sua realidade e destino e, finalmente, investigar o que dele foi dito por Deus (CERVO; BERVIAN, 1996, p. 6).

Neste sentido, tem-se conforme o caso:


a) conhecimento vulgar ou popular (senso comum);

b) conhecimento teológico;

c) conhecimento filosófico;

d) conhecimento científico.


Autoria do texto


Auro de Jesus Rodrigues


Referências utilizadas


CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: MAKRON Booksd, 1996.


CHAUI, Marilena. Convite à filosofia. 3. ed. São Paulo: Ática, 1995.


GIL, Antonio C. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1999.


KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e prática da pesquisa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.


JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 3. ed. rev. e ampl. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1996.


LUCKESI, Cipriano Carlos; PASSOS, Elizete Silva. Introdução à filosofia: aprendendo a pensar. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1996.


RUIZ, João Álvaro. Metodologia científica: guia para eficiência nos estudos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1996.



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