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Foto do escritorAuro de Jesus Rodrigues

Quando surgiu a universidade?

Atualizado: 19 de abr.

Quando surgiu a universidade?

A universidade tem sido considerada como um lugar em que se vivencia a cultura universal e tem por finalidade o ensino, a pesquisa e a extensão. É uma instituição social organizada para a formação de profissionais que irão atuar na sociedade.


Historicamente, a universidade é uma instituição antiga e segundo Aranha (1996, p. 79), a palavra universidade (universitas) não significava, anteriormente, um estabelecimento de ensino, mas, na Idade Média, designava qualquer assembléia coorporativa, seja de marceneiro, curtidores ou sapateiro.


Assim, a palavra universitas era usada para qualquer associação legal. Todavia, em pouco tempo, passou a ter o significado que até hoje é usado, chamando-se universidade a uma associação de alunos e docentes que busca o avanço do conhecimento, através de estudo e da associação dos estudiosos em grupo (BUARQUE, 1994 apud BARROS; LEHFELD, 2000, p. 8).


Segundo Wanderley (1999, p. 16) foi, provavelmente no decorrer do século XIV, que a palavra passou a ser usada à parte, no sentido exclusivo de uma comunidade de professores e alunos.


A primeira universidade que se tem notícia provavelmente surgiu em Salerno, próxima de Nápoles, no inicio do século XI, outras que podem ser destacadas à época de surgimento são: Bolonha (1.088), Parma (1.100), Paris (1.120), Oxford (1.130), Pádua (1.222), Nápoles (1.224), Toulouse (1.229), Montpelier (1.288) (INÁCIO FILHO, 1995, p. 28).

No Brasil, em termos de universidade (voltada para maior autonomia didática e administrativa, pesquisa, difusão da cultura e o benefício da comunidade) a primeira a se formar sob essas orientações, embora algumas já existissem resultantes de simples agregação de faculdades, foi a Universidade de São Paulo (1934), e logo após a Universidade do Distrito Federal (1935), atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Essas universidades resultam da aglutinação de diversas faculdades. Para seus cursos foram convidados professores estrangeiros: franceses, alemães e italianos (ARANHA, 1996, p. 201).


Para Wanderley (1999, p. 18), no seu desenvolvimento histórico, as universidades foram se adequando aos processos de desenvolvimento econômico e social, tendo em vista as características específicas a cada nação. Pensadas para formar os filhos da burguesia, logo foram pressionadas a atender aos filhos da classe média. Pouco a pouco elas se transformaram no lugar apropriado para conceder a permissão para o exercício das profissões, através do reconhecimento dos títulos e diplomas, conferidos por órgãos de classe e governamentais. Algumas instituições mantêm a configuração de instituição que congrega a reunião de um número x de faculdades; outras já nasceram de forma mais integrada.


Metodologia científica

Atualmente, o mundo passa por diversas transformações como, por exemplo, a globalização e o surgimento de novas tecnologias. Essas mudanças que vem ocorrendo têm exigido que as instituições de ensino superior formem indivíduos mais capacitados e competentes para o enfrentamento dos problemas na sociedade.


Sendo a universidade considerada um lugar de reprodução, produção e socialização do conhecimento, o saber nela produzido deve ser utilizado para o desenvolvimento e transformação da sociedade. Portanto, é necessário que a universidade mantenha constante a relação ensino, pesquisa e extensão numa inter-relação com a sociedade.


É importante que essa reprodução e produção do conhecimento seja necessariamente crítica, reflexiva e criativa para que os profissionais formados por ela possam ingressar na sociedade de forma competente e atuante.


Deverá formar profissionais para o entendimento das diferenças individuais e sociais e para combater os preconceitos e as desigualdades sociais e econômicas. Pode-se dizer que a formação do indivíduo fundamentado num pensar crítico pode conduzi-lo num agente transformador da sua própria condição de vida, bem como a de sua comunidade, possibilitando-o, também, desenvolver a auto-estima e a formação da cidadania.


Portanto, ao entrar na universidade, o calouro deve ser informado da importância que se deve ter em relação aos estudos e à sua formação profissional. É necessário que ele seja informado a assumir uma nova postura diante do que lhe será solicitado, para que sua formação intelectual e profissional não seja duvidosa, já que a sociedade está mais seletiva.


Autoria do texto


Auro de Jesus Rodrigues


Referências utilizadas


ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2. ed. rev. e atual. São Paulo: Moderna, 1996.


BARROS, Aidil Jesus da Silva; LEHFELD, Neide Aparecida de Souza. Fundamentos de Metodologia Científica: um guia para iniciação científica. 2. ed. ampl. São Paulo: MAKRON Booksd, 2000.


INÁCIO FILHO, Geraldo. A monografia na universidade. Campinas, SP: Papirus, 1995.


WANDERLEY, Luiz Eduardo W. O que é universidade. São Paulo: Brasiliense, 1999.



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