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Foto do escritorAuro de Jesus Rodrigues

O que é método científico?

Atualizado: 18 de abr.

método científico

O método significa um caminho; caminho este que permite verificar a regularidade da ocorrência de um fenômeno. É a ordem que se segue na investigação da verdade, no estudo feito por uma ciência para alcançar um fim determinado.


Mesmo diante da variação de métodos, os procedimentos do método científico são quase sempre a formulação do problema, o planejamento do projeto de pesquisa, a coleta de dados, a análise sistemática dos fatos estudados e as conclusões.


Métodos de abordagens


Método indutivo

Busca construir leis e teorias a partir de casos particulares, pelo uso de mecanismos lógicos de generalização. É um raciocínio que consiste em tirar conclusões gerais a partir de casos particulares considerados como portadores de relações gerais. O argumento vai do particular para o geral.


Exemplo:

Em diversos casos concretos que ocorreram um tipo de crime (x) um legislador investigou que as decisões dos juízes foram as mesmas (y).

Logo, propõe uma Lei (y) para todos os casos (x).


Método dedutivo

É um processo de raciocínio que de princípios e proposições gerais ou universais chega a conclusões menos universais ou particulares. A forma ideal e perfeita da dedução é o silogismo (este é um raciocínio que consta simplesmente de duas premissas e de uma conclusão).


Exemplo:

A norma jurídica (a lei). (premissa maior)

A realidade (caso concreto). (premissa menor)

A aplicação da norma jurídica ao fato(decisão). (conclusão)


Metodologia científica

Método hipotético-dedutivo

Possui uma poderosa ferramenta, pois as teorias são testadas através de hipóteses alternativas e falseáveis. Consiste na construção de conjecturas, que devem ser submetidas a testes, os mais diversos possíveis, à crítica intersubjetiva, ao controle mútuo pela discussão crítica, à publicidade crítica e ao confronto com os fatos, para ver quais as hipóteses que permanecem a partir das tentativas de refutação e falseamento. Podemos sintetizar na seguinte forma: um pesquisador apresenta uma idéia nova, com princípios claros, em linguagem científica, que pode ser testada e, desse modo, corroborada ou falseada por meio de experimentações ou observações. Todavia, se uma teoria for continuamente corroborada, não significa que ela seja considerada como verdadeira, é apenas uma teoria ainda não falseável.


O método hipotético-dedutivo foi definido por Karl Popper (1902-1994) em sua obra A lógica da descoberta científica, publicada originalmente em alemão em 1935, mas ficou conhecida internacionalmente apenas em 1959.


Exemplo:

Estudando um fenômeno um pesquisador supõe (hipótese) que a causa da mortalidade infantil numa favela seja decorrente da proliferação de mosquitos e vala negra (sujas). Logo, solicita a melhora da higiene e o saneamento geral desse meio. Se a hipótese do pesquisador é justa, a taxa de mortalidade infantil deve baixar; se ela não baixa é porque a sua hipótese é falsa, insuficiente ou dela não foi tirado todas as consequentes (JAPIASSÚ; MARCONDES, 1996, p. 127-128).


Método dialético

Objetiva contestar uma realidade posta, enfatizando as suas contradições. Para toda tese existe uma antítese que, quando contraposta, tende a formar uma síntese. Procura ser a investigação das contradições da realidade, pois são essas as forças propulsoras do desenvolvimento da natureza. O método dialético é o conflito dos contrários.


O método dialético se fundamenta em três princípios:


a) unidade dos opostos: os fenômenos apresentam no seu interior aspectos contraditórios, que são organicamente unidos e vivem em luta.

b) quantidade e qualidade: mostra que quantidade e qualidade se inter-relacionam. São as mudanças quantitativas que geram as mudanças qualitativas.

c) negação da negação: as mudanças se processam em espiral, com a repetição em estágios superiores de certos aspectos e traços de estágios inferiores. Sempre há algo que nasce e se desenvolve e algo que se desagrega e se transforma. É a tese-antítese-síntese.


Exemplo:

“A flor precisa murchar para se formar o fruto. O fruto precisa apodrecer para se ter a semente. A semente precisa ‘morrer’ para que germine uma nova planta". É uma luta de forças contrárias: o positivo e o negativo, a vida e a morte, o explorado e o explorador, o amor e o ódio etc.


Método Fenomenológico

É o estudo dos fenômenos em si mesmos, apreendendo sua essência, estrutura de sua significação. Pode-se dizer que é uma “volta às coisas mesmas”, isto é, aos fenômenos, àquilo que aparece à consciência, que se dá como objeto intencional. Trata de descrever, compreender e interpretar os fenômenos que se apresentam à percepção. É uma tentativa de dar uma explicação puramente “neutra” da consciência que a pessoa tem do mundo. É um método sem pressuposições.


Ele não é dedutivo, nem empírico e nem procura explicar os fenômenos a partir de leis, mas procura mostrar o que é dado e em explicar esse dado da forma como ele se dá à consciência.


A partir da fundação da corrente filosófica fenomenológica, por Edmund Husserl (1859-1938), a fenomenologia é apresentada, também, como método de fundamentação da ciência e de constituição da filosofia como ciência rigorosa.


Exemplo:

Entender a percepção dos catadores de lixo em relação as suas condições de vida, compreensão de lazer para quem não trabalha, a condição dos portadores de HIV no hospital Santa Marta; a percepção dos internautas frente às novas tecnologias.


Projeto de pesquisa

Autoria do texto


Auro de Jesus Rodrigues


Referência utilizada


JAPIASSÚ, Hilton; MARCONDES, Danilo. Dicionário básico de filosofia. 3. ed. rev. e ampl. Rio de janeiro: Jorge Zahar, 1996.



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