Alguns métodos de procedimentos em pesquisa científica são:
a) Método Estatístico: fundamenta-se na utilização da estatística para investigação de um fenômeno. A utilização desse método contribui para a coleta, organização, descrição, análise e interpretação de dados e, também, para a utilização deles na tomada de decisões.
Exemplos:
Estudar as variações do preço de uma mercadoria quando a sua oferta diminui; analisar o crescimento demográfico num determinado município.
b) Método Histórico: estudo dos acontecimentos, processos e instituições do passado, procurando explicar sua influência na vida social contemporânea. No método histórico o fenômeno é estudado numa perspectiva histórica.
Exemplos:
Analisar a origem do carnaval, estudar a origem das favelas, no município de Maracá.
c) Método Comparativo: conduz à investigação, analisando dois ou mais fatos ou fenômenos, procurando ressaltar as diferenças e similaridades entre eles.
Exemplos:
Comparar o turismo entre as cidades de Salvador e Recife, verificar as semelhanças e diferenças entre o os serviços de atendimento ao público do Hospital Limiar e do Hospital Canjurur.
d) Método Tipológico: o pesquisador, ao comparar fenômenos sociais complexos da realidade, elabora tipos ou modelos ideais, a partir de características essenciais dos fenômenos.
Exemplos:
Elaborar um modelo ideal de atendimento ao público, elaborar um modelo ideal de moradia ecologicamente correta.
e) Método Funcionalista: estuda os fenômenos a partir de suas funções. Assim, as partes são mais bem entendidas compreendendo-se as funções que desempenham no todo.
Exemplos:
Um pesquisador pode analisar as funções de determinados costumes ou instituições para saber o seu sentido a fim de manter a unidade de um determinado grupo social, estudar a real função do apêndice no organismo humano.
f) Método Estruturalista: é utilizado para o estudo de culturas, linguagens etc., como um sistema em que os elementos constituintes mantêm entre si relações estruturais. Pode-se dizer que há no fenômeno uma estrutura comum, invariante que pode ser revelada e ser construído um modelo que a represente.
Exemplos:
As relações entre os modos de vestir, os hábitos alimentares, a linguagem, as estruturas de parentesco, a forma de poder e o sistema econômico de uma sociedade etc., pode apresentar, no seu interior, estruturas invariantes que podem ser construídos modelos que as represente.
g) Método Experimental: consiste em submeter o fenômeno estudado, à influência de certas variáveis, em condições controladas e conhecidas pelo pesquisador, para observar os resultados que a variável produz no objeto.
Exemplo:
Vejamos o exemplo sobre pesquisa experimental em Gil (1999, p. 66-67), assim descrita: seja Z o fenômeno estudado, que em condições não experimentais se apresenta perante os fatores A, B, C, e D. A primeira prova consiste em controlar cada um desses fatores, anulando sua influência, para verificar o que ocorre com os demais.
Exemplo:
A, B e C produzem Z
A, B e D não produzem Z
B, C e D produzem Z
Dos resultados dessas provas pode-se inferir que C é condição necessária para a produção de Z. Se for comprovado ainda que somente com o fator C, excluindo-se os demais, Z também ocorre, pode-se também afirmar que C é condição necessária e sufi ciente para a ocorrência de Z, ou melhor, que é sua causa.
h) Método Clínico: é utilizado, principalmente, por psicólogos numa relação entre o pesquisador e o pesquisado. O pesquisador utiliza-se de informações obtidas dos determinantes inconscientes do comportamento do pesquisado.
Exemplo:
Esse método é utilizado na psicologia que tem obtido resultados bastante significativos. Também, nas ciências médicas e em outras áreas das ciências humanas. As técnicas de entrevistas, de história de vida, de aconselhamento, de psicodiagnósticos etc. são aplicadas pelos que utilizam o método clínico.
Autoria do texto
Auro de Jesus Rodrigues
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